Este estilo artístico foi desenvolvido na Europa Ocidental a partir de meados do século X até ao século XIII, aquando da decadência do Império Carolíngio.
Os edifícios, que inicialmente eram austeros e funcionais, construídos principalmente com pedra talhada, exibem evidentes influências romanas e lombardas, mas também alguns elementos orientais.
São edifícios com paredes grossas que lhes dão uma imagem caraterística de solidez, com naves com abóboda de berço e arcos de meio ponto apoiados em colunas e contrafortes exteriores. A estrutura é constituída por uma planta em forma de cruz latina, com um evidente simbolismo espiritual, uma vez que representava de certa maneira o corpo de Cristo.
A partir desta forma, o número de naves podia variar, entre uma e cinco. O mais habitual é haver três (sendo a nave central a mais espaçosa). Na cabeceira encontram-se a abside e o altar. No começo, a porta encontrava-se no lado sul, sendo a única abertura, podendo no entanto haver (não muitas) janelas de dois biséis.
Com o passar do tempo (séc. XI), foram introduzidos adornos esculpidos nas janelas, nos capitéis, nos portais e noutros espaços. As aberturas (janelas e rosáceas) orientavam-se de este a oeste, de forma a aproveitar a luz natural do sol que iluminava toda a nave.
Em Andorra abundam as capelas de planta básica, assim como as de três naves. A título de curiosidade, o termo "românico" que se utiliza para denominar este estilo artístico não é tão antigo como os monumentos, igrejas e objetos que referimos. Este termo foi adotado no princípio do século XIX por dois arqueólogos (Charles de Gerville e Auguste Le Prévost), para diferenciar este estilo do chamado "gótico", uma designação que já se utilizava no século XVI.